Stop Islamization of the world

Pesquisa

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O pacifismo criador da violência

Quadro intitulado "A mulher Sabina" (The Sabine Women), de Jacques-Louis David, de 1799. A civilização Ocidental se ergueu, se manteve e se desenvolveu muitas vezes através da guerra e de atitudes violentas. Por que na civilização atual há tanta decadência, caos e violência, se hoje condenamos as atitudes violentas e prezamos por um pacifismo extremo?


Um dos maiores valores no mundo moderno caótico e conturbado é a paz. Atingir o estado mental e corporal de paz é uma virtude inigualável em um mundo que preza pela violência, pela degradação, pela barbárie e pelo completo desvalor da vida humana. Entretanto, mesmo a paz tem efeitos negativos, e pior, quando apresentada na forma de pacifismo, ela pode ser altamente destrutiva.



Como pode um valor substancialmente benéfico, como a paz, atingir as pessoas de modo negativo? Para entender a questão, precisamos verificar qual é o tipo de paz criada, produzida, vendida e disseminada no mundo moderno (tratamos aqui especificamente do Ocidente). A paz pós-moderna predominante no Ocidente é um conceito distorcido do significado original do termo e do objetivo primário em si. O que nos é ofertado como paz nada mais é do que uma alienação do mundo ao nosso redor, dos demais e também de nós mesmos. Um pacifismo exposto na forma de negligência e consentimento, um mero status quo mantido através da "ordem social". 


A ordem social em si não é maléfica, desde que ela seja produto de uma ordem interior e de um conhecimento de si, dos outros e do mundo ao redor. Entretanto, a ordem atual é aquela oriunda da alienação, do desinteresse, da perda de significado da vida em si e da incapacidade de contemplar a beleza e o conhecimento. A paz do Estado, aquela paz coletiva alienante, e não a paz individual. Por que em um mundo tão "doce", politicamente correto e "humanista", a violência não é um fator decrescente? Por que um mundo de pessoas doces e frágeis parece cada vez mais caótico e belicista? Por que a paz vendida a nós foi uma paz caótica. Uma aceitação do caos e da desordem em si, e não um combate a ela.


O Ocidente se estabeleceu através da violência, de certo modo. E hoje, tratamos isso como erros históricos, com nossa visão humanista delicada, olhamos para o passado Ocidental e enxergamos os grandes empreendimentos, a ação civilizatória e os grandes marcos como crimes, relegando toda a nossa herança cultural e histórica como um conjunto de erros vergonhosos dos quais devemos nos envergonhar. E isso não só é um erro e um reducionismo histórico, como também uma aniquilação da nossa própria identidade. 



A Europa de outrora se defendeu do expansionismo islâmico com guerras, com violência, com Cruzadas. E isso garantiu a própria integridade cultural da Europa, bem como uma paz mais substancial para os europeus do que caso tivessem adotado uma postura amigável que permitisse o avanço dos inimigos. A Europa moderna recebe e acolhe os extremistas islâmicos de braços abertos, com a prerrogativa da paz, tolerância e coexistência. E basta notar quais os resultados dessas políticas adotadas durante décadas: uma Europa violenta, com guetos e com guerras urbanas não declaradas.


A própria auto-defesa, com o pós modernismo, é considerada um crime. Mesmo que no aspecto legal ainda seja permitida a auto defesa (embora, não raramente aqui no Brasil e em diversos locais do mundo alguém possa ser processado e até preso por se defender), moralmente ela já é condenada. Matar quem tenta roubar algo seu é considerado um crime, afinal, pessoas são mais importantes do que coisas. Mas isso vai além: matar alguém que tentou te matar é um crime também. É como se fosse algo do tipo: morra, mas não mate, por que matar é um crime. Seria como dizer a alguém para passar fome, mas não comer, pois a fome ainda existirá.



Depois de anos de campanha de desarmamento, a violência no Brasil cresceu, principalmente nos centros urbanos. São mais de 50.000 mortes violentas por ano no Brasil. Se o humanismo aumentou, as leis se tornaram mais condescendentes, houve uma suposta "distribuição de renda" e há, em tese, menos armas no país, como a violência aumentou depois de anos de campanha desarmamentista? Por que a degradação cultural no país só aumentou. As leis baseadas em uma anistia pós regime militar beneficiam os criminosos, parece um conjunto de leis criadas mais para punir a vítima do que o criminoso, que tem direito a inúmeros benefícios estatais antes, durante e depois de sua prisão. Essa sociedade desfigurada de intelecto, compreensão e paz interior - mas altamente dominada pela falsa paz política - é altamente violenta.


A solução dada a esta violência é um progressismo cada vez maior justamente nos fatores que causaram tudo isso. Adquirir uma arma, agir prontamente contra a violência ou tomar atitudes violentas é visto como "alimento ao ódio", como uma resposta irracional. Entretanto, reagir à violência e tomar medidas agressivas para proteger a si e aos demais nunca foi a causa da violência em si, pelo contrário. A única coisa que impede tiranos e psicopatas criminosos de aniquilarem a sociedade com atos violentos são respostas violentas proporcionais que impedem a concretização dos propósitos destas pessoas.


A paz de abrigar seu inimigo dentro de seu espaço, de tolerar os erros e responder à violência com servidão e mansidão é foco originário de desgraças. Obviamente, um foco social positivo e medidas que visam prevenir o crime são mais do que essenciais, porém não são suficientes. Combater e responder ao crime é tão importante quanto preveni-lo, pois o crime não está restrito a condições materiais, mas baseia-se também em questões de caráter. Ambos não são fatores excludentes. Criar leis mais rígidas e ser menos leniente com o crime não significa abandonar as políticas preventivas. 


Encontrar a paz dentro de si é ter a capacidade de organizar seu próprio mundo e compreender o mundo ao seu redor. Não é algo que pode ser imposto através de leis ou do pensamento politicamente correto, nem do humanismo pós moderno. É algo individual que beneficia o coletivo. Agir com serenidade e encontrar paz não elimina nosso dever de responder com violência e agressão aqueles que justamente iniciam essa violência. A violência não é um fator sempre negativo, pelo contrário: usada do modo correto ela pode preservar a paz, o que é belo e louvável.  O pacifismo, por outro lado, incentiva o indivíduo a não responder as agressões contra si, contra quem ele ama e contra a sociedade que o acolhe. Ela permite a destruição e o progresso da violência negativa.


As pessoas devem ser ensinadas a criarem uma ordem interior e uma harmonia umas com as outras, mas jamais sofrerem um processo de castração de seus instintos violentos como se eles fossem um mal em si. Isso não é uma ode ao espírito barbárico, pelo contrário: é algo altamente civilizado e refinado. Ter um ímpeto forte, uma capacidade de defender a si, aos demais e a sua sociedade é tão importante quanto aprender a ponderar, pensar antes de agir e prezar pela integridade. 


Talvez, o que mais falte no mundo moderno para o alcance da paz, a diminuição dos conflitos e o desejo belicista maléfico seja justamente a violência e a agressão, um espírito capaz de em um rompante oferecer uma resposta defensiva. As coisas belas e louváveis são destruídas por que cada vez menos há pessoas violentas capazes de defendê-las.

Nenhum comentário:

Postar um comentário