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terça-feira, 6 de agosto de 2013

A destruição das Artes

Quadro cujo título é "Pompeji", representando o desastre vulcânico que destruiu a cidade romana de Pompéia. A arte clássica transmite sentimentos, registra eventos e nos faz transcender nossa realidade, justamente por representar tão fielmente a realidade.


Como parte da agenda globalista de redução da média do coeficiente de inteligência humano e da redução da capacidade intelectual das massas, a destruição da alta cultura em todos os níveis têm sido colocada em voga nas últimas décadas, sendo intensificada a cada ano. As artes são parte crucial dessa redução do intelecto humano e a degradação tanto do espírito quanto da percepção dos indivíduos. Primeiro, subverteu-se o conceito do que pode ser considerado como Arte. Tornado essa palavra e esse conceito coisas extremamente elásticas e subjetivas, o restante processo de descaracterização das artes foi facilitado e permitido.


Para iniciar um detalhamento sobre as artes ao longo dos tempos e seu desenvolvimento, podemos começar pela primeira tentativa humana de delinear beleza em objetos. Nossos antepassados criavam ferramentas rústicas cuja utilidade era a simples funcionalidade em facilitar uma atividade simples e repetitiva. Os primeiros artefatos cuja função era retirar lascas de outras pedras, ou simplesmente criar pontas em lanças para facilitar a caça, ou os primeiros potes e recipientes, não possuíam em si nenhuma outra função além da sua original tarefa de facilitar processos. Uma lança não tinha outra função ou significado além de ajudar no processo de matar um animal para a alimentação do grupo.


Com o tempo, as necessidades humanas mais básicas foram preenchidas. E esse pequeno conforto extra permitiu que o homem pudesse atribuir aos objetos algo além de sua função primordial. Começaram então a criar pontas de lanças mais bem trabalhadas, decorações nos jarros, e as tão propagadas pinturas rupestres. Ou seja, o primeiro propósito de Arte era o de incrementar aos objetos algo além de sua simples função, uma beleza estética significativa, além de registrar os atos cotidianos através das pinturas rupestres. Podemos concluir que o primeiro propósito da atividade humana artística era o de incrementar objetos e registrar eventos, dando um duplo significado existencial para a Arte.


Com o passar do tempo, o homem aprendeu a moldar metais de forma mais significativa, bem como esculpir melhor pedras e madeira. À medida em que as tecnologias se desenvolviam, a arte ganhava cada vez mais complexidade em sua execução e finalização (mas sempre mantendo a simplicidade de transmitir beleza e significância). As decorações ficaram cada vez mais complexas, as esculturas ficaram cada vez mais realistas e a arquitetura cada vez mais matemática, exata e proporcional. Entretanto, as artes jamais evoluíram para uma abstração, pelo contrário: elas ganhavam cada vez mais destaque em representar formas e desenhos reais. Uma representação de um homem em uma pintura rupestre é simples e bem rude, e o desenvolvimento dessa representação primordial culminou nas estátuas greco-romanas e nas incríveis pinturas renascentistas. Essa evolução não tornou o ser humano mais abstrato, pelo contrário: representou-o de modo mais fidedigno à realidade.


Tornar um ambiente mais agradável e trazer beleza aos olhos sempre foram os propósitos das artes, além de servir como demonstrações de poder e de marcos civilizacionais dos povos. Mesmo as artes indígenas, como a arte asteca e inca, tinham um grau de representação da realidade à sua volta, delineando animais, plantas e as divindades típicas destes povos. E por mais que os traços de desenho sejam diferentes daquilo que encontramos na Europa, estes povos queriam reproduzir através das artes a realidade à sua volta, e as divindades acima deles. Mesmo os hieróglifos egípcios demonstram uma incrível clareza em seus traços, e a representação da realidade: mesmo as representações das divindades seguiam padrões humanos, e o desenho não era abstrato de modo algum, mesmo que representasse cenas imaginárias.


A arte clássica manifesta na arquitetura cria edifícios resistentes, lindos e matematicamente perfeitos, marcos civilizacionais que resistem ao longo das eras. E o melhor: criam um anacronismo positivo na relação de tempo, não sendo opositores ao desenvolvimento tecnológico.

Podemos deduzir também que além de decorar objetos, registrar eventos históricos e representar a realidade, a arte teve um grande papel espiritual, tornando capaz a contemplação física e material de elementos transcendentes e espirituais. As pinturas renascentistas conseguiram tornar palpáveis aos olhos humanos representações de seres místicos, como anjos, arcanjos, querubins, demônios e representações do próprio Deus. Estas artes não visavam reproduzir fielmente aquilo que os olhos humanos não vêem, mas sim, proporcionar aos seres humanos a capacidade de contemplar essa espiritualidade de forma física e imaginar essas entidades espirituais indo muito além daquela representação física. E isso foi extremamente produtivo, pois enriqueceu a espiritualidade humana retirando-a de um mero temor para uma contemplação e veneração elevada.


Na arquitetura, o desenvolvimento das artes seguiu cada vez mais os conceitos matemáticos e a regra da proporcionalidade. Este foi o segredo para que edifícios greco-romanos durassem tanto. Ainda hoje vemos os desenhos bem delineados e distinguíveis das ruínas como o Paternon e o Coliseum, que mesmo danificados, não perderam sua forma e expressão. A arquitetura clássica não desenvolveu apenas todo um modo estrutural extremamente sólido e duradouro, mas agregou cada vez mais valor estético a stas edificações. Mesmo nas grandes cidades, não há edifício ou arranha-céu que, por mais modernos e avançados que sejam, consigam se sobrepor aos edifícios clássicos. Os turistas em geral visitam estas localidades justamente para conhecerem os edifícios atemporais. E mesmo os edifícios modernos utilizam vários dos princípios matemáticos e geométricos desenvolvidos ao longo da evolução das artes.


A arte modernista é vazia de significado e falha em reproduzir beleza e significado por si mesma, necessitando sempre de um recurso filosófico ou uma explicação tecnicista.


O que vemos hoje, com a arte pós-moderna, foi o completo retrocesso de todo um processo evolutivo das artes. A arte pós-moderna involuiu na capacidade de transmitir beleza, significado e emoções. Exatamente: a arte pós-moderna, que arroga tanto expressar os "sentimentos do artista", não consegue aproximar o público geral destas emoções, sendo a maior delas provavelmente a estranheza diante de sua bizarrice. Salvo raras exceções, estas obras não representam significado algum ao público geral, sendo sua significância entendida apenas pelo artista e um pequeno grupo de pessoas. E tão subjetivo quanto seu formato se torna seu significado, a mensagem que ela tenta transmitir e sua proposta.


E por que se consome tanto a arte modernista e tão pouco as artes clássicas? Simples: uma pequena elite globalista patrocina estas artes e incentiva suas projeções em todos os ramos de expressão artística: construções, quadros, esculturas, musica e produções áudio visuais em geral. O público geral não tem afinidade nem aproximação com as artes abstratas. Acontece que todas as artes clássicas, incluindo aí também a música clássica, foram demonizadas pela propaganda esquerdista como "artifícios da burguesia", sendo heterogêneas ao público de classes mais baixas. Logo, o que deve se aproximar do povo comum são as artes abstratas, pois estas sim - em tese - expressam sentimentos, conectam pessoas e quebram barreiras.


Entretanto, não existe nada que construa mais barreiras entre a Arte e a população geral do que uma obra de arte abstrata. O público geral não entende a mensagem não por que seja burro ou pouco letrado, mas por que não há sentido em buscar essa mensagem. Não há sentido perder tanto tempo tentando encontrar significado em algo que representa um sentimento exclusivista do autor que criou a obra. Uma peça de arte clássica atinge as pessoas mais rapidamente, seja pela mensagem, seja pela beleza. Você não precisa conhecer quem foi Michelangelo, o que foi o período renascentista ou quais os conceitos teóricos por trás destas obras para admirar a beleza da Capela Cistina. Esta arte sim conecta as pessoas às emoções mais belas, pois através da beleza e da clareza de seus traços fazem com que até mesmo a pessoa mais rude encontre beleza e admire a obra exatamente por sua excelente execução.

Inexpressividade e vazio, marcas do subjetivismo modernista.


As artes clássicas elevam o homem e o fazem transcender sua realidade. Justamente o alto grau técnico e a dificuldade de sua execução - que exigem quase que um dom de seu executor - tornam estas obras tão simples e tão fáceis de serem contempladas pelo público em geral. A arte moderna exige apenas um desejo pessoal, a união de coisas a outras coisas e não exige conceito técnico ou destreza alguma. Mesmo com toda a intelectualidade e todo o estudo por trás das obras modernistas, o que impede qualquer um de pegar qualquer coisa e atribuir qualquer significado àquela obra? uma obra clássica mal executada se torna um fracasso, pois exige que seu executor a trate com destreza. Quase como uma mulher refinada e digna, que exige de seu galanteador destreza na arte da conquista, caso contrário ele irá fracassar. As artes modernistas são como prostitutas, aceitam qualquer clientela, justamente por que não exigem refino nem preparação alguma por parte de quem se aventura nestas tentativas.


As artes modernas alimentam o ego - e os bolsos - de seus artistas executores. Alimentam o ego por afastarem a compreensão do grande público, e alimentam os bolsos pois excêntricos pagam milhões por quadros inexpressivos e tão simples de serem realizados que podem ser observados em qualquer horário de pintura em uma creche. Enquanto uma criança evolui dos rabiscos para a representação cada vez mais real e concreta através dos desenhos, o artista abstrato involui e retorna aos rabiscos da infância, fazendo um caminho inverso. 


A falta de beleza e de significado dessas artes, transportada inclusive para a arquitetura, torna as cidades cada vez menos transcendentais e a vida cotidiana cada vez mais corrida e insensível. Estranhamente, a arte que "representa sentimentos" têm criado seres humanos cada vez mais frios e incapazes de observar e contemplar beleza nas simples coisas. A falta de estruturação e o subjetivismo fazem com que as pessoas em geral estudem menos e contemplem menos as artes, saibam menos sobre grandes artistas e grandes obras e contemplem menos as maravilhas da arquitetura, pintura e música clássica.


Estas artes não são e jamais devem ser consideradas privilégios ou manifestações da burguesia. Um quadro ou uma escultura clássica não são objetos que devem ser restritos à mansões, devem ser ícones presentes no cotidiano das pessoas em geral. Uma escultura ou uma arquitetura clássica não devem ser sinônimos de prédios antigos, mas sim expressões vivas e bem preservadas, transmitindo não velhice, mas sim algo atemporal e transcendental. A música clássica não deve ser algo restrito apenas a fãs do gênero, mas sim presente no gosto popular.


A escultura clássica reproduz brilhantemente a anatomia humana, em proporções tão definidas e ao mesmo tempo tão humanizadas e "suaves".


Todas estas coisas e representações clássicas são populares, pois se desenvolveram ao longo da história humana como uma expressão universal de beleza e sentimentos elevados. Foram criações que, se não foram fruto de todo o povo, alcançaram todo o povo. As artes abstratas são impopulares, pois são fruto de uma pequena elite e atendem um propósito comercial de enriquecimento pessoal, elas não atingem o público geral (a menos que sejam explicativas, ou em casos raros onde a mensagem seja facilitada) e não são fruto de uma evolução natural das artes, mas sim de uma involução e um retrocesso.


Grande parte responsável pela diminuição da média de inteligência das pessoas foi a destruição das artes através do modernismo, retirando a beleza do cotidiano e dificultando a transcendência humana. Retomar o valor às artes clássicas e difundir estas artes em torno da sociedade em geral, inclusive das camadas sociais mais baixas, representa uma dignificação do ser humano, tratando-o como capaz de contemplar a beleza e destruindo o mito marxista de que tais representações são uma repressão burguesa à livre manifestação artística. Retirar a capacidade de contemplação do belo e reduzir o nível de aptidão para a execução das artes emburrece as massas, e massas emburrecidas e incapazes de transcender em si mesmas são mais facilmente manipuláveis e corruptíveis. É mais fácil propagar a agenda globalista em uma população incapaz de agregar valores morais e de beleza do que em uma população capaz de fazê-lo.

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