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quinta-feira, 6 de junho de 2013

O elefante branco chamado MERCOSUL

O MERCOSUL mostra-se mais um movimento de união político-ideológica do que um bloco propriamente econômico, apresentando resultados cada vez piores por parte de seus membros


A América do Sul é um próspero continente com inúmeros potenciais econômicos e sociais. Mas infelizmente, três germes insistem em minar o progresso e a ascensão continental: 
a corrupção, os governos socialistas e a instabilidade. Tomado por uma onda de governos autoritários com inclinações totalmente esquerdistas, o continente perde a chance de alcançar seu potencial máximo e aproveitar a crise européia para galgar novos patamares.


As estatizações incessantes, especialmente na Venezuela e na Bolívia, retiram a credibilidade internacional dos países, e afastam investimentos estrangeiros. Todo o país depende de iniciativas próprias e também de capital estrangeiro em forma de investimentos para crescer econômica e socialmente. Os sintomas de uma má gestão econômica se mostram através da inflação, e de eventos mais graves como a falta de suprimentos básicos para a população. A Venezuela, este mês, enfrenta as duras repercussões da eleição fraudulenta de Maduro: falta papel higiênico no país, e medidas foram tomadas visando racionar as quantias que cada pessoa pode comprar (os venezuelanos podem comprar agora apenas duas unidades de cada produto, ao dia).


A Argentina continua em uma grave crise interna, e a estimativa do crescimento do PIB mostra que as atitudes autoritárias do governo argentino de Cristina agravam ainda mais os sintomas da recessão econômica argentina. Não coincidentemente, estes países apresentam tanto um modelo econômico estatizante como também fazem parte do MERCOSUL, o Mercado Comum do Sul. O empreendimento de cooperação econômica parece constituir um grande elefante branco, um esforço dispendioso e infrutífero, que parece servir mais a um orgulho de uma falsa e hipócrita irmandade latina, como sustentar um orgulho e relações forçosas dignas da extinta União Soviética.



O MERCOSUL, união de livre comércio entre Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela (e agora prestes à entrada da Bolívia) se mostra incapaz de promover acordos comerciais rentáveis e benéficos, e parece constituir-se de uma troca de favores incessante. A área de livre comércio e política comercial comum parece mais um reforço do Foro de São Paulo e uma aliança de governos comunistas do que um bloco econômico propriamente dito. Um dos maiores sintomas é o modo negligente como o Brasil conduz suas relações econômicas com os vizinhos. A despeito do roubo das unidades da Petrobras na Bolívia, o Brasil continua seus acordos com o país normalmente, sem tomar ou impor nenhuma medida ou sanção significativas.



Colocando interesses ideológicos, partidários e doutrinários e um falso coleguismo latino acima da responsabilidade fiscal, idoneidade e transparência em relação a investimentos e dos próprios benefícios, o MERCOSUL torna-se cada vez mais uma piada latina.



O quadro mostra o crescimento esperado para os países em 2013 (a projeção venezuelana refere-se aos três primeiros meses do ano, e não à projeção anual total)

O Brasil apresenta uma estimativa de 2,7% de crescimento do PIB para o ano de 2013 (em 2012, o crescimento foi de 0,9%). Estimativas mais positivas preveem um crescimento de 3%. Os desfalques da Petrobras, o sustento do pupilo Eike Batista em seus devaneios e a falta de infra estrutura agravaram o quadro econômico do país. A inflação subiu incrivelmente desde o início do ano, repercutindo no preço de inúmeros produtos, principalmente no setor da alimentação. A alta carga tributária retira do brasileiro seu poder de compra, tornando-o inferior ao necessário com reajustes sempre inferiores à taxa de inflação. O que mascara o apodrecimento econômico são os empréstimos e a concessão fácil de crédito (que gera endividamento), e uma economia basicamente sustentada pelo agronegócio.


 O Crescimento Venezuelano no primeiro trimestre do ano foi de 0,7% e a Bolívia alega projetar um crescimento de 5% no ano de 2013. Acontece que este número não pode ser tomado com credibilidade, visto que toda informação oriunda do governo boliviano não tem credibilidade e os dados podem ser facilmente manipulados, visto que a pauta tem sido estimular o mercado interno, e a política de roubo de empresas estrangeiras afasta o investimento de capital internacional crucial para a manutenção de um ritmo de crescimento. (mesmo que o número seja verdadeiro, esse ritmo de crescimento não se mantém a longo prazo nessas condições). O mesmo acontece com a Venezuela, e o crescimento trimestral pode ser mesmo menor do que o indicado.


Vale ainda lembrar que a medida anti-americana que visa "valorizar os recursos nacionais" não surte efeito. O Brasil vende suas commodities a preços risíveis para a China, agora segundo maior parceiro econômico do país. Na Venezuela, a Petróleos de Venezuela S.A (PDVSA) se mostrou incapaz, ineficiente e corrupta para conseguir administrar e tirar proveito da imensa reserva de petróleo no país, o que forçou o governo venezuelano a dar concessões a empresas estrangeiras como a empresa russa Rosneft.


Na Bolívia, Evo Morales, provavelmente sob efeito direto do uso de coca, baixou o "Estatuto da Mãe Terra", uma pseudo-constituição mística que fornece "direitos à mãe terra" (seja lá o que isso significar), impossibilitando e limitando em inúmeros setores o aproveitamento dos recursos naturais do país. O país não consegue desenvolver e não permite o investimento estrangeiro para aproveitar o dióxido de silício abundante, perdendo a oportunidade de criar e vender tecnologia que pode ser obtida através deste material, simplesmente por que o país não dispõe dos recursos necessários. O dióxido de silício tem sido exportado em seu estado bruto.


O pseudo-nacionalismo anti-EUA destes países mostra não uma responsabilidade com os recursos nacionais, e sim uma expropriação fraudulenta, já que as empresas estatais mostram-se incapazes e ineficientes de gerenciar e utilizar os recursos. Quase metade do chamado pré-sal, uma das promessas do governo petista (onde em um país que se diz auto-suficiente em petróleo possui um dos preços mais caros do mundo no combustível) já está nas mãos de empresas estrangeiras, que já deixaram claro que não irão refinar o produto no Brasil.


Nisto consiste a política econômica de esquerda: apregoar uma estatização e valorização dos recursos naturais, e depois forçosamente ceder terreno ao estrangeiro, em face da corrupção e ineficiência internas.


Horacio Cartes (do Partido Colorado, conservador e nacionalista) presidente do Paraguai: desejo de buscar novas alianças e participar de novos mercados pode ser um dos segredos para impulsionar o crescimento do país e oferecer segurança a investimentos estrangeiros


Enquanto o MERCOSUL continua mostrando através de inúmeros sintomas tanto sua inutilidade quanto seu aspecto mais ideológico do que econômico (este ano o FMI prevê um crescimento de 3,4% para o continente (o país solicitou adesão à Aliança do Pacífico, área de comércio muito mais recompensadora do que o MERCOSUL), resultado direto do que as más gestões e o afastamento dos investimentos estrangeiros causam na economia, com um crescimento atrasado por países corruptos e ineficientes, tipicamente socialistas), estranhamente o Paraguai (que incrivelmente foi expulso do MERCOSUL, por questões ideológicas) tem a projeção de um crescimento de 11% para o ano de 2013.


O país apresenta vários casos graves na economia e na sociedade, como uma pobreza e desigualdade extremas. Mas parece que trilhar um caminho fora do MERCOSUL é o primeiro passo para um crescimento real e uma mudança nesse quadro.

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