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sexta-feira, 7 de junho de 2013

A instalação da Elite Socialista



No Socialismo, alguns mandam mais que os outros. E na "ditadura do proletariado", alguns "proletários" tem mais poder de mando que os outros.


A ideologia das guerras de classes prega o fim da diferença de classes e o reino triunfante do proletariado. A proposta utópica de nivelamento total da humanidade, com uma distribuição estritamente igualitária de bens, recursos e oportunidades é a utopia mais sedutora dentre todas as classes de ideologias humanas. A religião extremista do marxismo faz a promessa a qual praticamente todo o ser humano não recusaria: fim das misérias humanas, fim das tristezas, diferenças e preconceitos sociais oriundos do capital e da exploração do homem pelo homem.


Acontece que um simples ponto historicamente observado derruba o mito da destruição da diferença de classes: o socialismo constitui-se da substituição das classes dominantes, nada mais do que isto. Troca-se uma elite burguesa e "detentora do capital", por uma elite partidária (geralmente esta elite partidária é composta pelos militares, organizados após o período da revolução - Lênin, Stálin e demais camaradas eram típicos militantes revolucionários, bem como o Exército Vermelho em si). Esta elite pode ser militar, como simplesmente política - ou uma junção dos dois.



Durante o processo de revolução, a tomada dos meios de produção privados e sua "socialização" geralmente dão-se através de meios violentos e armados. Estes revolucionários e os primeiros teóricos constituem o Partido e o Exército. Acontece que, como os que expropriam os bens possuem poder para tal, e determinam a distribuição social, inevitavelmente tomam para si o poder político, dominando consequentemente o campo das ideias, a imprensa, a literatura, a cultura e todo o restante dos poderes e influências políticas e sociais ao povo.


No socialismo, as filas de pão evidenciam a nítida divisão de classes: alguns são mais "iguais" do que os demais. Será que o poder dos que distribuem o pão é o mesmo dos que esperam na fila? Um grupo que tem o poder de tornar a população dependente de filas de pão, não teria poderes muito maiores?



Que outro nome dar a um grupo determinado e limitado de pessoas, que detém não apenas os meios de produção e determinam a distribuição destes recursos (monopólio econômico), como também dominam o campo das ideias e da imprensa, cultura e divulgações, e não obstante a isto, tem o monopólio das armas, senão o adjetivo de eliteTodas as características tornam este grupo também uma elite.




A nação que outrora era "dominada" pelos donos do capital, agora é dominada pelos donos dos meios de produção, das armas, da imprensa, e de todo o jogo ideológico. Seria como trocar o escravo, libertá-lo de um senhor que o acorrenta com algemas de ferro, e entregá-lo a um senhor que ão só o acorrenta, como também o chicoteia e ofende simultaneamente. Toda a "ditadura do proletariado" constitui-se de uma elite ainda pior que a anterior.




Isso leva a uma implicação óbvia: se a instituição de uma nova elite é inevitável, logo, a eliminação da diferença de classes é utópica e impossível. No socialismo, uns mandam mais que os outros. Se antes a dominação era constituída da classe dos donos do capital, agora ela dá-se pelos donos dos meios de produção. Como o Estado (leia-se aqui os membros do Partido) define o que cada cidadão pode receber ou obter e quando isso acontecerá, agora a dominação de toda a sociedade é possível e inevitável.




Marx previa a ditadura do proletariado, e não instituía um prazo ou um limite de fim entre esse período de ditadura e transição até a instituição do socialismo "verdadeiro e pleno". Acontece que uma elite que obtém tantos e ilimitados poderes (lembre-se, incluindo aí o poder de tirar a vida humana) jamais cede e abre mão destes poderes e privilégios.




A Elite socialista norte-coreana encarnada em Kim Jong Un: fazendo a "transição" para o "socialismo pleno" desde 1948. Um exemplo nítido da eternização da elite comunista no poder




Nem toda a tomada de poder e instituição socialista são violentas. O gramscismo preenche a lacuna e oferece os meios para a instituição de uma ditadura socialista sem a utilização de revoltas armadas e métodos "tradicionais". É o que acontece no Brasil, por exemplo. O governo atrela cada vez mais poderes e permissões em torno de si e seus aliados, toma medidas cada vez mais inconstitucionais e anti-democráticas, financia grupos criminosos e sonega informações, tudo sem dar um único tiro ou estabelecer uma única lei notoriamente ditatorial (os meios serão abordados de forma completa em uma postagem futura), instituindo sua ditadura comunista e perpetuando-se no poder de um modo silencioso, mas nítido.


E invariavelmente, cria-se uma elite: a Elite do Partido. Os membros da nossa ditadura comuno-petista são blindados e imunes à Justiça, tem poderes absolutos e desfrutam de todas as maravilhas que o dinheiro pode comprar. Dinheiro este expropriado do povo e repartido entre os "camaradas".


A conclusão óbvia é que, se por um lado a dominação por uma "elite burguesa" e econômica cria caos, segregação e injustiças sociais, a dominação por uma elite comunista mostra-se mil vezes pior. E seja através da instituição pela revolta armada ou pela ideologia política, o comunismo invariavelmente mostra-se um fracasso, por que é incapaz de gerar riqueza e inevitavelmente concede poderes ilimitados a um grupo restrito de pessoas. No comunismo, alguns são mais iguais que outros.

Um comentário:

  1. De forma clara e objetiva, mostrou como o atual governo está implantando uma ditadura comunista seguindo os princípios do gramscismo. O artigo ficou ótimo!

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