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terça-feira, 10 de setembro de 2013

A morte da fé é a morte do homem

Ao atacar a fé e a capacidade transcendental do espírito humano, a civilização ocidental foi tomada por uma apatia e por uma fraqueza espiritual inigualáveis. A fé nunca foi tão essencial quanto agora.


Por que, na "Era da Razão", devemos considerar a fé, e até mesmo o misticismo, como valores positivos e necessários? Não já superamos tais sentimentos e já não fomos contemplados com a extrema graça da fria razão? O homem, ao contrário do que os defensores do secularismo pensaram, tornou-se de grande modo desfigurado e apático. Seu espírito enfraquecido e sua visão materialista e reduzida tornaram-no um obtuso irracional defensor da razão. Essa falta de essência interior, a falta de um espírito forte e criativo, torna o homem um frágil escravo facilmente conquistável.


Longe de ser uma ode ao socialismo (que aliás, é ainda mais materialista do que o capitalismo, já que considera todos os problemas humanos como originados em causas materiais e atribui à matéria, através de um coletivismo utópico, a solução para todos estes problemas), a crítica ao materialismo e o consumismo desenfreado encontram pauta relevante nessa discussão. Esse indivíduo de espírito fraco e facilmente dominável é encolerizado através dos mais diversos meios. Essa dominação que o torna um animal irracional, ironicamente, encontra escopo através da radicalização da defesa da própria razão.


O homem espirituoso, capaz de transcender a si e ao mundo ao seu redor e possuidor de uma forte e vívida fé, é extremamente racional. Esse homem, combatido como um doentes misticistas portadores de crenças infantis, no fundo são o aporte e o lastro da genialidade e da liberdade individual. O adepto do culto à razão, tal qual o culto criado em plena Revolução Francesa, torna-se um tacanho sujeito acorrentado pelos grilhões da superficialidade material. Destituído de um espírito forte, leva-se pelos discursos vagos escorados em um cientificismo raso.


O homem que tem na fé um valor intrínseco e cultiva um espírito forte é mais dificilmente dobrado e subjugado. A despeito das denúncias da suposta fraqueza que a fé trás, e como ela funciona como agente manipulador, tal valor moral e estado de espírito mostra-se incansavelmente capaz de recobrar o ânimo do homem diante das mais adversas situações em sua vida. A fé é uma habilidade incrível, talvez a mais incrível das habilidades espirituais humanas. Ela permite que o homem transcenda sua realidade física, seu contexto presente e enxergue um futuro alternativo, acreditando no sucesso e na vitória mesmo que todos os sinais sejam contrários.


É justamente por isso que o homem que possui fé é muito mais aguerrido e combativo do que o homem puramente racional. O homem movido por um raciocínio frio apresenta mais desânimo, derrotismo e conformação com sua realidade do que aquele que apresenta um espírito fortalecido pela fé. Diz-se que o homem do medievo era manipulado por sua fé, conformado com sua situação precária já que vislumbrava um Paraíso no além morte. Entretanto, como podemos considerar o homem do medievo como um covarde preguiçoso se este, em inúmeras ocasiões, estava disposto a doar sua vida em favor de sua família, seu povo, seu país e sua cultura? A coragem é um dos maiores sinais de liberdade e de libertação. Homens conformados e fracos, manipulados e acorrentados não são capazes de atos de bravura e coragem.


O homem da "era da razão" vive para seu conforto e para a tão simplória perseguição e realização de seus desejos corporais e mentais. Desprovido de um significado maior para sua vida, não raramente se entrega diante dos fatos hostis e do status quo prejudicial. Alienado por seu próprio hedonismo, seu caráter egoico e seu narcisismo extremado, é facilmente manipulável por ideias voláteis, trocadas com tanta rapidez quanto são produzidas. Ele não consegue construir um caráter próprio, uma personalidade consistente e singular, tornando-se um mero consumidor de uma cultura de massas rasa e empobrecedora. Aliás, o "novo homem racional" tem aversão ao conhecimento. Ele tem aversão à leitura, ao aprofundamento, e à contemplação d beleza das artes e do próprio mundo. Ele se torna desinteressado pela própria profundidade do significado da vida, e qualquer tema que exija um pensamento não meramente racional o repele e destrói sua curiosidade.


Ele é pouco inventivo e não é tão genioso. Sua defesa da razão, da ciência e do conhecimento é um mero discurso comodista e egoico, escorado apenas no conhecimento e nos méritos dos outros indivíduos. Ele não produz, ele apenas se apóia naquilo que foi e é produzido por outrem. O novo homem racional é um animal manso, adestrado, dado ao exagero e completamente debochado, encontrando mais lazer no escárnio e na jocosidade do que em um debate propriamente dito (do qual, aliás, ele foge). Podemos dizer que todo novo homem racional não só é irracional, como também preguiçoso e completamente imbecilizado.


O homem espirituoso, portador de uma grande fé e cultivador dos mais elevados valores morais apresenta todas as qualidades que o "novo homem racional" não possui. Ele é capaz de resistir às maiores dificuldades da vida, não decretar sua derrota e, mesmo com um profundo desânimo ou desilusão, naturais de todo o ser humano, consegue recobrar o ânimo. O homem espirituoso é a única esperança do Ocidente. Ele valoriza a tradição, valoriza sua cultura, seu povo, sua família, sua religião, sua própria liberdade e a liberdade de suas crenças e daqueles aos quais ele dirige seu amor. Em uma simples analogia, o homem espirituoso é um hoplita grego lutando contra uma horda de "novos homens racionais", comparáveis a escravos persas. O hoplita grego não tem razão alguma para acreditar em sua vitória: o exército inimigo é incomparavelmente maior e mais bem armado, e já conquistou inúmeros reinos e eliminou inúmeros reis. Qual a razão para, a despeito de todos estes motivos lógicos, o hoplita grego não desistir? o motivo é simples: ele possui uma fé inabalável.


O "novo homem racional", o escravo persa, apenas obedece ordens de comando. É domado. Não luta por seu povo, por sua cultura, suas tradições, suas crenças, sua família ou por si mesmo, ele luta para seu mestre. E é completamente racional: não reage, não se rebela, não desobedece, afinal, seu mestre é muito mais forte e comanda muitos outros mais. Ele toma a decisão mais racional e lógica: manter-se como escravo. Em nosso presente momento, a maioria das pessoas podem ser consideradas como escravas - de si mesmas. Restam poucos hoplitas. Mas, assim como poucos deles conseguiram livrar a Europa, poucos destes também podem conseguir salvar a civilização atual.


Nenhum homem ou mulher devem se envergonhar de sua fé, seu misticismo e suas crenças. Nenhum de nós deve se deixar envergonhar pelos "guardiões da racionalidade". Tais elementos não são racionais. Eles não tem mérito ou moral alguma para se denominarem como racionais. Aqueles que cultivam um espírito forte e uma fé inabalável sim, são os mantenedores da razão e da liberdade humana, pois foram eles que a criaram, que a defenderam com suas vidas e permitiram sua continuidade até nossos dias. A fé é uma virtude que não perdeu espaço nem escopo para ser praticada e difundida. O homem que mata seu próprio espírito se anula como indivíduo. Somente aqueles que não obliteram seus espíritos e não perdem sua fé podem ser considerados seres racionais, pois é racional conservar sua própria integridade transcendental.


Somente o homem espirituoso e virtuoso consegue vencer estas amarras e ser verdadeiramente livre. Somente ele consegue impor resistência e oposição ao status quo que nos permeia, ao conjunto de coisas que ameaça a própria liberdade humana. O único envergonhado deve ser o cultuador de um racionalismo superficial e raso, e não o homem espirituoso e possuidor de fé. Não se combate a decadência social com mais decadência, nem os vícios com mais vícios. E somente um espírito forte e convicto consegue vencer os vícios e estimular os mais belos valores.


A determinada defesa da tradição, da cultura própria, da família, do país, da liberdade individual e coletiva e a luta pela elevação moral do homem são conjuntos de valores vistos como irracionais. E eles inspiram essa visão por que os "novos homens racionais" são embrutecidos pela hostilidade cotidiana, um estilo de vida morto e vazio de significado, repetitivo e asséptico. Entretanto, tais valores são o aporte tanto de nossa civilização quanto daquilo que mais amamos, e somente a capacidade de transcender a nós mesmos, aos demais e ao mundo ao nosso redor é aquilo que nos permite guardar o que amamos, e o que nos é especial e importante, sublime.


O corpo não é nada sem a mente, e a mente não é nada sem o corpo. E um corpo que não é invólucro de um espírito resiliente, belo e forte, torna-se morto, fatalmente derrotado. Por isso mesmo há pouca disposição física em nossos dias: a mente das pessoas já foi arrefecida, sublimada, desgastada. Seus espíritos são continuamente quebrados e destruídos, e por isso mesmo, tornam-se repetitivos, conformados com um estilo de vida maçante e ao mesmo tempo inerte.

A apreciação destes conceitos sob essa ótica ajuda a reforçar o orgulho próprio e a saudável consciência individual de que a fé não é um "defeito" mental a ser combatido, nem tampouco o misticismo religioso. Somente a indiferença, a frieza e a incapacidade de empatia devem ser estes focos de combate. A beleza de nossos olhos reside mais na capacidade de conseguirmos enxergar além, do que aquilo que se encontra à nossa frente. São as janelas de nossa alma.

Um comentário:

  1. Ha dois tipos de morte: a mental/espiritual e a fisica. A fé blinda nosso ser dessas duas mortes, a fé dá esperança ao desgraçado, a fé nos encoraja contra o inimigo mais forte, a fé nos conforta nos momentos desfavoráveis, a fé é a força maior do espírito/mente pela vida. A pseudoerudição marxista e filosófica não passam de orgulho, um intelectualismo arrogante que sem a fé em Deus/Jesus transforma o ser humano em feras covardes infelizes.

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