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segunda-feira, 22 de julho de 2013

O aborto como engenharia social





O aborto continua sendo colocado como uma questão de saúde pública e um direito individual inalienável da mulher. Entretanto, os ideais e objetivos sociais por detrás do aborto vão muito além do modo como o tema é exposto às grandes massas. O aborto é, antes de tudo, uma ferramenta de engenharia social. Um eficiente estratagema para controle social. Nos países nos quais o aborto foi adotado, seu discurso era o da garantia de um direito individual feminino a toda a massa populacional. Entretanto, sempre foi um discurso mais voltado à um público determinado de pessoas. No Brasil por exemplo, é um discurso mais voltado para um grupo considerado mais vulnerável: as mulheres jovens, pobres e negras. 


Este e um aspecto interessante: uma mensagem divulgada de modo uníssono, mas focada em um determinado grupo. Esse método de informação consiste em vender uma ideia como um benefício para todo o coletivo, mas ao mesmo tempo focar em um grupo onde o desejo da utilização deste direito é supostamente maior, e portanto, devem ser prioritários nas campanhas destes métodos.


A questão do aborto é colocada como um projeto futurista, um progressismo benéfico que permitirá nossa sociedade dar um salto à frente, construindo uma sociedade mais justa, igualitária e evoluída. Entretanto, o aborto como medida social não deve ser tratado como uma hipótese, já que podemos observar suas consequências enquanto medida governamental nos países que adotaram e adotam esta prática. O primeiro deles foi a extinta União Soviética. 




A primeira "nação" a adotar o aborto como medida médica pública, a União Soviética colheu os frutos de sua política pública abortista, frutos podres estes que podem ser notados na Rússia atual. Adotado em 8 de Novembro de 1920, o aborto era um procedimento gratuito permitido até o terceiro mês de gravidez (alguma semelhança com o discurso feminista "atual"?) e era permitido a qualquer mulher, independente da idade. Esta política já era abertamente defendida por Lênin. 


É impossível calcular ou estimar o número real de abortos realizados durante o regime comunista soviético, já que os dados eram facilmente manipuláveis e os números - duvidosos - só começaram a ser divulgados internacionalmente na época da política Perestroika. O aborto, na União Soviética, era uma modalidade de tratamento anticoncepcional. O planejamento familiar era inexistente, o que tornava o aborto não uma simples "opção", mas um dos únicos meios de não conceber filhos. O governo comunista não investia em uma política séria e concisa de planejamento familiar: apenas oferecia a oportunidade do aborto.


Um outro aspecto importante foi também o alto índice de abandono de crianças no regime comunista. Abandonos estes muito provavelmente causados pela limitação geográfica, onde a oportunidade do aborto não se fazia presente. A medida adotada pelo regime comunista foi a de eliminar estas crianças, que acabavam por praticar a mendicância, furtos e pequenos delitos para sobreviverem. O fuzilamento era permitido para crianças a partir de 12 anos. O uso de drogas, a criminalidade infantil, a prostituição e a taxa de divórcios cresceram assustadoramente após a aplicação desta medida pró aborto, efeitos estes que ainda assolam a Rússia, uma das nações mais violentas do mundo e com um dos mais altos índices de usos de drogas, onde o aborto continua a apresentar um efeito que, se não for gerador deste quadro social, no mínimo é contribuinte.


A face moderna das políticas pró aborto é mais benevolente e macia, especialmente quando apresentada ao público ignorante de grande massa. Moralmente, todos seríamos contra o aborto se ele fosse apresentado como a "oportunidade e a opção de matar um bebê". Entretanto, quem não se sensibiliza quando o aborto é vendido como "direito individual da mulher" ou "libertação e justiçamento à mulher historicamente oprimida"? O mesmo discurso soviético sanguinolento disfarçado de preocupação individual. Vale lembrar que Stálin retomou a criminalização do aborto em 1936, objetivando o aumento populacional, e depois voltou atrás em 1955. 




Efeitos desastrosos do aborto atual podem ser notados na atualidade. Quando se fala nestes efeitos, imaginamos as nações mais pobres e as pessoas mais "excluídas", entretanto, falo das nações europeias e dos Estados Unidos. Na Europa, em diversos países, o aborto é permitido a qualquer mulher em qualquer idade. Não são raros os casos de meninas de 14, 13 e até 11 anos de idade realizarem o procedimento do aborto. E o fato de isto se fazer necessário mostra que no mínimo as medidas que evitariam o aborto (métodos anticoncepcionais) não são tão utilizados quanto se parece, e o aborto em si torna-se um método contraceptivo. 



Nos países europeus, o aborto é feito por opções como a preferência pelo sexo da criança. Pais simplesmente adotam o aborto por que preferem um filho ou uma filha. A prática dita humanista torna-se uma ferramente eugênica torpe de seleção, seleção esta que segue critérios egocêntricos e supérfluos. 


No Brasil, a propaganda de preocupação com os direitos da mulher, e especialmente a mulher negra e pobre, mostra uma face benevolente de uma política desumana e bizarra. A preocupação com a mulher, e especialmente a mulher dita "excluída", consistiria em estender os métodos contraceptivos e proporcionar planejamentos familiares mais eficientes, em uma política pública que valorizasse a mulher enquanto pessoa e o feto como ser humano, já garantindo-lhe o futuro. Melhorar a própria estrutura médica e o acesso das pessoas à saúde, e o cuidado com o próprio corpo.


Entretanto, favorecer a erotização infantil, tornar o sexo uma atividade cada vez mais precoce, incentivar a busca  pelo prazer acima de suas consequências e depois oferecer meios remediadores é o mais interessante aos governos corruptos e corruptores. No fundo, o que existe é um sentimento de incapacitação dos pobres, do tratamento da mulher como mera figura socialmente gerenciável, onde a concessão de um suposto direito substitui a garantia de outros inúmeros direitos. Questão de saúde pública é justamente evitar o aborto, valorizar a gestação, garantir o acesso real à saúde e um planejamento familiar inteligente.


Inúmeros métodos contraceptivos tornam o aborto desnecessário e até mesmo irracional. Entretanto, tal bandeira constitui um lobby milionário para "ongs" e grupos ditos humanistas, sem contar o próprio movimento feminista, que carrega na bandeira do aborto um de seus maiores veios existenciais. 


Na propaganda do aborto, uma medida eugenista muito bem disfarçada é ofertada à sociedade. Afinal, é melhor que a mulher pobre mate seu filho, que muito provavelmente será um delinquente irremediável, sem acesso à uma condição de vida básica. Este é o verdadeiro pensamento dos defensores da prática: evitar "danos maiores", sendo preferível a morte de tais grupos. É mais saudável que estas pessoas pobres e cuja moral é entorpecida pela necessidade momentânea possam dar cabo de sua própria prole. Eis a verdadeira face do aborto. Na verdade, considera-se os extratos sociais mais baixos como a fonte de todo o problema de violência e de fonte de caos social, e o aborto seria um método eficiente de reduzir estas populações.




A dita preocupação com a mulher enquanto indivíduo não está presente no momento em que a discussão sobre os efeitos negativos no corpo e na mente da mulher que pratica o aborto é colocada em pauta. Trata-se apenas da questão da legalização, mas os efeitos sociais negativos e os efeitos perpetrados na mulher são simplesmente negligenciados.

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